Vida e Morte de um Herói do 13º BC - Capítulo XII
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cafenofront.wordpress - Venuti del Brasile/Batalha de Montese - prisioneiros da 148º Divisão de Infantaria Alemã sob o controle da FEB
De redação - 14/2/2022 - 8:18 hs - O 2º Escalão da FEB - Força Expedicionária Brasileira - com 5.075 homens, entre eles Etelvino Silveira de Souza, chegou a Nápoles (Itália) no dia 6 de outubro de 1944, seguindo para a cidade de Livorno, acampando perto do vilarejo de San Rossore, próximo à Pisa, onde foi integrado ao IV Corpo do V Exército Americano, recebeu os armamentos e treinamentos para entrada em combate. A grande odisseia da FEB aconteceu em Montese, teve início no dia 14 de abril de 1945 e assinalou o começo da ofensiva aliada da primavera, do IV Corpo do V Exército dos Estados Unidos, ao qual a 1ª DIE - Primeira Divisão de Infantaria Expedicionária estava integrada.
A Batalha de Montese seria considerada encerrada em 16 de abril, com o fim dos contra-ataques alemães. Embora o trabalho de"limpeza" na cidade e arredores contra franco-atiradores tenha prosseguido até o dia 17. A conquista de Montese foi significava para o rompimento das linhas inimigas "Gótica" e "Gengis Khan", permitindo que os brasileiros cercassem 148ª Divisão e aprisionando milhares de homens. Lotado no 1º Batalhão de Saúde, Etelvino era um dos seis soldados que formavam uma equipe juntamente com um sargento e um cabo. O Batalhão de Saúde recolhia combatentes feridos transportando-os em ambulâncias Dodge do Exército Americano desde a frente de batalha até os hospitais na retaguarda.
Arquivo do autor/Verso de postal da cidade de Palermo enviado por Etelvino, em 29 de junho de 1945
O recebimento de cartas e cartões postais enviados por Etelvino era um lenitivo para o sofrimento dos pais, Thomaz Silveira de Souza e Maria Francisca Vieira de Souza e para os irmãos. Para mãe, cada correspondência que chegava à casa da família na Ponta de Baixo, em São José, como a mensagem contida no verso do cartão de uma vista da cidade de Palermo, enviada em 29 de junho de 1945, era a certeza de que Deus ouvia suas preces, ao mesmo tempo alimentava a chama da esperança por sua volta. Sem telefone, rádio, jornal ou televisão, os pais de Etelvino se deslocavam à noite, com os filhos pequenos, duas ou três vezes por semana até a casa de uma irmã de Maria Francisca, na localidade de Ponte Imaruí, já no município de Palhoça, para ouvir a edição das 20 horas do Repórter Esso e saber resultados das batalhas na Itália. Na casa da família da irmã, diante de um rádio alimentado por energia eólica, sintonizado nas ondas curtas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro na frequência de 45 metros, ficavam todos atentos ao noticiário.
No próximo capítulo você vai acompanhar novos combates e a histórica tomada de Monte Castelo, último reduto do exército nazista.
Ary Silveira de Souza - Editor do JI Online/
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